Expectativas

Publicado: setembro 14, 2015 em Uncategorized

Aprendemos durante a vida adulta que criar expectativas sobre as pessoas ou situações é extremamente ruim e considerado uma conduta de pessoas fracas e tristes. Mas não vejo dessa forma.

Hoje mesmo fui ao jogo do Corinthians. Tinha uma expectativa em mente: levantar cedo, ir ao jogo, chegar cedo, assistir ao jogo e ver meu time ganhar bem de um adversário fraco, mas não foi bem o que aconteceu. Levantei atrasado, entrei no estádio com a bola já rolando e com uma ressaca tremenda. No fim meu time jogou pro gasto e mesmo com os três gols anotados, não gostei muito da atuação. Este é um exemplo bobo, mas uma das várias situações nos quais depositamos e criamos expectativas em cima das pessoas ou situações.

O mesmo ocorre quando conhecemos alguém. O que eu acabo esperando quando conheço uma garota? Espero que ela seja uma companhia agradável e quando ela atinge a expectativa me vejo no desejo de querer ou não aquela pessoa no que tange a atração. E daí cria-se as expectativas: a expectativa do primeiro beijo, da primeira noite e depois dependendo do meu desejo, seguir em um relacionamento ou simplesmente ficar no uma noite. Tanto no caso do futebol, quanto no da garota, criamos naturalmente expectativas porque seres humanos tem a característica de idealizar sempre e sempre.

O problema não está no criar expectativas e sim em como lidar com elas. O grande erro é o exagero que fazemos diante de expectativas correspondidas ou não. Quando criamos expectativas e elas são superadas, somos levados a um estado de felicidade e êxtase pleno. Isso é bom, mas é potencialmente perigoso no exagero que nos tira os pés do chão e nos coloca em uma bolha de ilusão. O mesmo acontece no oposto: quando as expectativas não são atingidas, somos tomados pela frustração e o exagero dela nos deixa tristes e impotentes.

A chave portanto, é o controle do exagero. Expectativas todos criamos a todo momento e com as mais variadas situações. É preciso controlar o exagero que esse sim é o fator perigoso na vida de todo ser humano.

“Maktub,

Particípio passado do verbo Kitab.
É a expressão característica do fatalismo muçulmano.
Maktub significa: “estava escrito”; ou melhor, “tinha que acontecer”.
Essa expressiva palavra dita nos momentos de dor ou angustia,
Não é um brado de revolta contra o destino,
Mas sim, a reafirmação do espírito plenamente resignado diante dos desígnios da vida.”

Oriente – Vida longa, mundo pequeno

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