Hoje faz um mês que decidi mudar um pouco a minha forma de utilizar redes sociais: desativei minha conta do Facebook, comecei a postar cada vez menos no Instagram, fiquei menos ativo no Twitter e saí de todos os grupos do Whatsapp. Aproveito para contar o resultado inicial em cada app:
whatsapp:
Eu saí de todos os grupos do whatsapp. Alguns me colocaram de volta, mas no fim poucos pareceram se importar com a minha ausência : se antes tinha 200…300 mensagens não lidas, hoje passo facilmente um dia sem receber uma única mensagem no messenger verde. De um mês pra cá, me comunico frequentemente com 4 pessoas e mais umas 4 pontuais. E isso não tem sido ruim! Pelo contrário : me faz mais ir ao encontro das pessoas e poder de fato conversar quando isso acontece. É um ótimo recurso que aproximam as pessoas, mas que também distanciam sem percebermos. Hoje estou num grupo de vendas de ingressos do Corinthians e um que só postam imagens engraçadas e piadas (nada de útil). Ter aquele monte de mensagens às vezes causa um vazio sem igual. Vai por mim.
Instagram:
Este eu desativei por 10 dias apenas. Mas postei 9 fotos em um mês sendo que nenhuma remete a eventos que fui, festas, etc. E isso não significa que minha vida foi parada! Fui a jogos do Corinthians, bares, churrascos, aniversários, dentre outras coisas. Eu só decidi parar de oferecer aos seguidores um monte de fotos de festas, de selfies que alimentam o ego, de pratos preparados em restaurantes requintados, etc. E não crítico quem faz isso, mas guardo uma fala de um amigo alemão enquanto estávamos em Aachen “Nossa geração prefere tirar 1000 fotos para se lembrar no futuro e esquece de apenas viver o momento, que de fato é o mais importante “. Brindo as conversas, brindo os momentos e as risadas onde o único interessado sou eu. Meu Instagram se resume apenas a momentos que queira compartilhar seja uma leitura, uma paisagem numa viagem, uma homenagem e por aí vai.
Twitter:
Twitter no fim das contas pra mim é o mais inofensivo das redes sociais. Entro, posto alguma besteira, comento algo sério e largo de canto. Em outras épocas estaria todo dia lá, mas hoje tenho picos de atividade e logo largo de lado. Ganhei alguns minutos da minha vida.
Facebook:
O maior das redes sociais e também a que mais adoece seus usuários. Aquela enxurrada de posts, fotos magníficas, testes divertidos e correntes da época do Orkut nos levam a perceber que o Facebook é o canal Off das redes sociais: todos felizes, todos esfregando sua felicidade seja compartilhada com alguém ou não, todos extremamente entendidos de assuntos dos mais variados…no fim os grandes donos da verdade. No entanto, essa luta de quem é mais feliz, quem é mais interessante ou quem é mais engajado em algo só nos traz a falsa sensação de que fazemos parte da sociedade e que somos aceitos por ela. Quando desconectados, sentimos um vazio que é preenchido novamente por uma espiada na Timeline.Em um mês deixei de ver muita coisa que no fim não me fez falta e me libertou de presenciar imbecilidades, posts hipócritas, brigas pelas menores divergências e a necessidade de estar no topo da argumentação. E ganhei preciosas horas para poder apenas apreciar uma leitura de Jon Krakauer, ouvir minha playlist preferida no Spotify, tomar um bom vinho e refletir até sobre a vida.
Convido que pratique o mesmo por alguns dias. A saúde mental agradece!
“Só vive na internet e nunca no teach a teach
Parecia até um sete daquele filme rush
Seu café da manhã era uma publicação
Navegando pelas redes vendo a situação
Sempre busca de um Wifi com boa conexão
No sorriso a cada toque de notificação
Seu coração tem dono e ela nunca o esquece
Pior que não é homem é um Iphone6 S”
Rael – Livro de Faces