Como é ficar sem redes sociais

Publicado: dezembro 1, 2016 em Uncategorized

Hoje faz um mês que decidi mudar um pouco a minha forma de utilizar redes sociais: desativei minha conta do Facebook, comecei a postar cada vez menos no Instagram,  fiquei menos ativo no Twitter e saí de todos os grupos do Whatsapp. Aproveito para contar o resultado inicial em cada app:

whatsapp:

Eu saí de todos os grupos do whatsapp. Alguns me colocaram de volta, mas no fim poucos pareceram se importar com a minha ausência : se antes tinha 200…300 mensagens não lidas, hoje passo facilmente um dia sem receber uma única mensagem no messenger verde. De um mês pra cá, me comunico frequentemente com 4 pessoas e mais umas 4 pontuais. E isso não tem sido ruim! Pelo contrário : me faz mais ir ao encontro das pessoas e poder de fato conversar quando isso acontece. É um ótimo recurso que aproximam as pessoas, mas que também distanciam sem percebermos. Hoje estou num grupo de vendas de ingressos do Corinthians e um que só postam imagens engraçadas e piadas (nada de útil). Ter aquele monte de mensagens às vezes causa um vazio sem igual. Vai por mim.

Instagram:

Este eu desativei por 10 dias apenas. Mas postei 9 fotos em um mês sendo que nenhuma remete a eventos que fui, festas, etc. E isso não significa que minha vida foi parada! Fui a jogos do Corinthians, bares, churrascos, aniversários, dentre outras coisas. Eu só decidi parar de oferecer aos seguidores um monte de fotos de festas, de selfies que alimentam o ego, de pratos preparados em restaurantes requintados, etc. E não crítico quem faz isso, mas guardo uma fala de um amigo alemão enquanto estávamos em Aachen “Nossa geração prefere tirar 1000 fotos para se lembrar no futuro e esquece de apenas viver o momento, que de fato é o mais importante “. Brindo as conversas,  brindo os momentos e as risadas onde o único interessado sou eu. Meu Instagram se resume apenas a momentos que queira compartilhar seja uma leitura, uma paisagem numa viagem, uma homenagem e por aí vai.

Twitter:

Twitter no fim das contas pra mim é o mais inofensivo das redes sociais. Entro, posto alguma besteira, comento algo sério e largo de canto. Em outras épocas estaria todo dia lá,  mas hoje tenho picos de atividade e logo largo de lado. Ganhei alguns minutos da minha vida.

Facebook:

O maior das redes sociais e também a que mais adoece seus usuários. Aquela enxurrada de posts, fotos magníficas, testes divertidos e correntes da época do Orkut nos levam a perceber que o Facebook é o canal Off das redes sociais: todos felizes, todos esfregando sua felicidade seja compartilhada com alguém ou não, todos extremamente entendidos de assuntos dos mais variados…no fim os grandes donos da verdade. No entanto, essa luta de quem é mais feliz, quem é mais interessante ou quem é mais engajado em algo só nos traz a falsa sensação de que fazemos parte da sociedade e que somos aceitos por ela. Quando desconectados, sentimos um vazio que é preenchido novamente por uma espiada na Timeline.Em um mês deixei de ver muita coisa que no fim não me fez falta e me libertou de presenciar imbecilidades, posts hipócritas, brigas pelas menores divergências e a necessidade de estar no topo da argumentação. E ganhei preciosas horas para poder apenas apreciar uma leitura de Jon Krakauer, ouvir minha playlist preferida no Spotify, tomar um bom vinho e refletir até sobre a vida.

Convido que pratique o mesmo por alguns dias. A saúde mental agradece!

“Só vive na internet e nunca no teach a teach
Parecia até um sete daquele filme rush
Seu café da manhã era uma publicação
Navegando pelas redes vendo a situação
Sempre busca de um Wifi com boa conexão
No sorriso a cada toque de notificação
Seu coração tem dono e ela nunca o esquece
Pior que não é homem é um Iphone6 S”

Rael – Livro de Faces

E onde foi parar o amor?

Publicado: agosto 15, 2016 em Uncategorized

Semana passada li na timeline do Facebook um post onde a pessoa questionava sobre como os adolescentes conseguiam demonstrar mais sentimentos que os adultos. Eu gostei da reflexão e bastou observar alguns dias as pessoas nas ruas, juntar com experiências minhas e de alguns amigos para concluir que de fato, quanto mais velhos ficamos, menos demonstramos sentimentos, interesses e por que não dizer amor?

Quando ingressamos na faculdade, além do foco acadêmico, nos preocupamos em conhecer o maior número de pessoas possíveis. E se a faculdade tem por tradição festas, serão nelas que iremos conhecer o máximo de pessoas das mais variadas origens, de pensamentos diferentes e experiências que jamais pensamos ouvir. Entre um caso e outro, levamos nossa graduação e essa ideia de conhecer muitas pessoas. O curso se segue, entramos no mercado de trabalho e a pressão pelo sucesso profissional e acadêmico torna-se mais evidente em nossas vidas.As três letras temidas TCC começam a assombrar nossos dias e passamos a focar única e exclusivamente no êxito da vida.

Mas sabemos que nenhum ser humano nasceu pra viver sozinho e portanto  passamos a procurar a famosa tampa da nossa panela. O catálogo de mercadorias do amor, o Tinder e o Happn viram nossos aplicativos favoritos e entre um match e outro, vamos conhecendo pessoas, se interessando e se relacionando. Porém, nem tudo são flores e o crush começa a ficar desinteressante: “não sei o que essa pessoa quer” ou “essa pessoa não se encontra na mesma vibe minha” iremos contar aos amigos entre um copo de cerveja e outro. Poucos dias depois, após um porre daqueles, iremos confidenciar aos mesmos amigos “eu gosto dessa pessoa! ela me faz tão bem, mas não sei o que fazer” e a insegurança aliada a nossa incapacidade de demonstrar interesse e sentimentos aparece despejando um senhor tapa na cara em nossas vidas. Mas tenho que ser forte, pois ceder e mostrar que quero aquela pessoa é sinal de fraqueza e minha família me ensinou que precisamos ser fortes! E então voltamos aos casos, aos contatinhos, aos peguetes que no fundo sabemos que não vai virar em nada.

E quando bate a real de que queremos alguém? na saída do motel, no caminho de casa, começamos a cogitar trocar aquelas horinhas no motel por algumas horas simplesmente dormindo juntos e se sentir amados. Certa vez ouvi de um amigo no bar: “às vezes, mais do que uma noite de muito sexo e prazer, só queremos ter com quem dormir após transar”. Há quem vai dizer e justificar para a sociedade que gosta dessa liberdade, que gosta de não se prender, mas o amor não é nem de perto cessar a liberdade e prender a pessoa. E voltamos ao ciclo dos tais casos que nunca vão dar em nada. Alguns posts no Facebook dizendo “mais amor por favor” e textos do Casal sem vergonha e Entenda os Homens começam a ser compartilhados e refletem aquilo que gostaríamos de dizer.

Mas de nada adianta se você ao conhecer alguém especial, não demonstrar interesse nela e quando o interesse for estabelecido, demonstrar o sentimento, o desejo, o amor. E ele pode vir muito mais do que um Bom Dia ou Saudades no Whatsapp. Sabe quando você assiste um filme ou ouve uma música e lembra da pessoa? Não é nada cafona dizer isso para ela. Sabe aquele texto que você leu e ele te lembrou daquela conversa prazerosa que tiveram mês passado naquele bar domingo a tarde? Se você mandar para a pessoa, poderá trazer a tona aquela conversa boa novamente e automaticamente despertar um sentimento bom ali. Sabe quando a pessoa te disse certa vez que gostaria de fazer intercâmbio na Austrália e por ironia do destino você recebeu um e-mail falando sobre isso? Encaminhar o e-mail vai no mínimo lembrar a pessoa que existe alguém que se interessa pelo que ela se interessa. É bem mais simples do que se imagina! E posso te garantir que é muito, mas muito prazeroso.

Mas e se esse interesse, esse sentimento, esse amor não for muito bem correspondido? Bom, antes do amor ser troca, ele precisa ser um pouco de doação. E se mesmo assim não der certo, siga em frente com a certeza de que toda essa experiência te fez uma pessoa viva e que não demonstrar as coisas te faz uma pessoa fria e “morta”. E quem gosta de gente fria e morta é necrotério e cemitério, lugares sombrios onde você não é notado e vira apenas mais um dentre a multidão ali inserida que entra e sai diariamente.

 

“Sem contar os dias
Que me faz morrer
Sem saber de ti
Jogado à Solidão
Mas se quer saber
Se eu quero outra vida
Não! Não!”

Djavan – Eu te devoro

Já conheceu alguém novo hoje?

Publicado: julho 11, 2016 em Uncategorized

A internet e a facilidade que temos para obter informações de pessoas é sem dúvida o grande movimento do século XXI. Redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas e até sites de relacionamento facilitaram as relações entre pessoas, mas também criou-se um mundo de pessoas superficiais.

Um tempo atrás perguntei para uma garota qual foi a última vez que ela tinha conhecido uma pessoa a fundo sem ser aquela pessoa que sentia atração física. Na época, estava querendo conhece-la mais a fundo sem ter que ficar com ela, pois me interessava apenas a conversa. Aos poucos ela foi topando me encontrar no bar da faculdade dela e criamos um vínculo de amizade. É visível como ela se sente bem hoje comigo depois de ter dado a chance de me conhecer a criar um vínculo de amizade, uma vez que não tínhamos amigos em comum que nos apresentaram. 

Fui repetir isso com uma outra pessoa ontem e essa eu já me encontrei em bares e temos amigos em comum e foi visível a reação dela em achar que queria algo com ela: “te vejo como amigo”, “estou saindo com outra pessoa” e “to querendo apenas sair com os meus amigos” foram algumas coisas que ouvi. Expliquei a ela que não queria nada com ela a não ser dar risada e conhecer uma pessoa nova. Me estranhou o quanto essa pessoa ficou na defensiva a ponto de me ignorar quando dei um boa noite, uma vez que a pessoa vive em um mundo de good vibes e amor livre. Curiosamente na mesma hora uma terceira pessoa me dizia que não éramos tão próximos e ao meu primeiro convite de: “vamos tomar uma cerveja pra se conhecer melhor” e recebi um sonoro “vamos! Eu topo” e isso me encheu de orgulho. 

Estes três casos que são reais, refletem como precisamos de mais pessoas como a primeira e a terceira pessoa. Pessoas que estão realmente dispostas a conhecer pessoas novas e sair da sua bolha de superficialidade e criar vínculos mais profundos ou mesmo alimentar a mente com uma pessoa longe do teu mundo, do teu círculo de amigos. Sabemos que a rotina de trabalho, estudos e compromissos sociais nos tomam muito tempo, mas é preciso tirar tempo para alimentar a mente e sair dos nossos vícios de socializar APENAS com nossos próximos ou quem a gente acha bonitinho no Tinder, Happn ou Facebook da vida. Movimente tua mente! Se permita conhecer pessoas novas, ter conversas novas, experiências novas! No mínimo irá crescer e evoluir como pessoa. E te garanto que no fim o prazer vale o esforço!

“Pros olhos que tão atentos, ouvidos ao mesmo tempo Entendo quando eu entro e entro em sintonia Não caio no esquecimento, o meu aprimoramento É o que gera o firmamento pra alcançar a maestria”

Oriente – Oriental Brasileiro

Sobre dementadores…

Publicado: julho 3, 2016 em Uncategorized

 Os dementadores são criaturas que se alimentam das boas lembranças das pessoas, e podem até sugar sua alma com um beijo. A criatura criada por J.K Rowling na saga de Harry Potter, é uma das mais temidas no reino da magia.

Acontece que, ficou uma dúvida na minha mente se poderia de fato existir esse tipo de criatura na vida real. Com todo esse boom de astrologia, de forças do universo e leis de atração e retorno que muita gente tem se apoiado, não seria difícil acreditar que possam existir pessoas que se alimentam da felicidade dos outros mesmo que involuntariamente. E eu senti um pouco disso na prática ontem.

Uma pessoa da qual se afastou de mim com diversas ofensas “reapareceu” com uma curtida em um post meu no Facebook. Eu talvez no impulso e sem pensar, mandei uma mensagem meio que estabelecendo contato. E obviamente não trocamos mais que meia dúzia de frases. Após isso, automaticamente bateu um desânimo e dores abdominais que me fizeram repensar tudo que tinha planejado para a noite. E totalmente sem explicação, pois do nada eu perdi toda a alegria de fazer algo. E fiquei na minha pensando sobre como esta experiência foi amarga e como esta experiência não pode e nem deve se repetir. Eu tenho diversas ações para isso, que só vão surtir efeito quando estiver no meu equilíbrio de energias. Devolver energia ruim não é meu intuito e ter paz sempre foi e sempre será meu intuito.

“Mas jah me lembrou que por falta de amor 
Que quem erra pagou, não se encontrou 
Achou que precisava pra viver 
Por mais que se sonhava não fazia acontecer”

Rael – Tudo vai passar

Crackinho

Publicado: maio 24, 2016 em Uncategorized

Meus amigos tem uma forma peculiar de chamar uma garota a qual não conseguimos desapegar: crackinho. Mas não leve no sentido pejorativo não! Mulheres também tem o seu crackinho e irei explicar o que significa.

Crackinho nada mais é que aquela pessoa que insistimos em tentar nos relacionar ou que procuramos quase que numa obsessão e no fim sabemos que não passará disso. Um amigo que volta e meia procura a ex mesmo que eles tenham terminado há anos; um amigo que termina seu namoro e mesmo que se relacione com outras mulheres, nos eventos chama a ex para acompanhar e no fim diz que são apenas amigos; um outro amigo que insiste em dizer que está solteiro, mas criou uma rotina tão casal com a garota que está apaixonado, que mesmo insistindo na solteirice, não consegue fazer absolutamente nada no que diz respeito a conhecer e se permitir conhecer novas pessoas.

Eu não sou diferente e tenho meu crackinho (ou melhor: tinha). É basicamente aquela pessoa que lutamos para fazer algo acontecer e simplesmente recebemos migalhas dela. Daí nos revoltamos, brigamos, discutimos e basta que um tempo depois a pessoa reapareça e parece que nada mudou. Ficamos literalmente presos a essa pessoa.

Mas veja bem: o problema não está no seu crackinho e sim em vocês que assumem o papel de “dependente”. E aí a comparação com o crack: a pessoa se torna dependente daquilo e no fundo, aquela situação está sendo extremamente destrutiva para o “usuário”. Assim como as drogas, elas causam euforia no momento e depois torna a mente e o corpo do indivíduo um enorme vazio depois que desaparece. E aí iniciamos a busca para satisfazer essa euforia que sempre será momentanea e nada saudável.

Se há tratamento? Como qualquer vício sim! Mas é preciso primeiramente admitir o vício: admitir que aquela busca é no mínimo desastrosa para nossa auto estima e para nossa mente. Depois, nada como compartilhar com os amigos e pedir conselhos. Uma pessoa de fora enxerga de outra forma e pode te dar um ponto de vista diferente daquele que você insiste em sustentar. E por fim, talvez o mais difícil é o desapegar: desapegar daquela situação especificamente. O que te fez cair nesse vício? Como agir para não obter o mesmo resultado? E como mudar nossa conduta afim de tornar esse vício um aprendizado para nossa evolução?

Toda relação é uma experiência seja desde aquele colega de bar até um grande amor correspondido ou não. O que precisamos é entender os sinais que o universo nos traz e através da sabedoria, saber a hora em que deve abandonar o barco.

“Think hard, you’re lying here in a hospital bed
Disregard the emotions inside your head
Concentrate on the real world beyond your mind
It’s not too late to leave your burdens behind”

Ayreon – Day 12: Trauma

Eu concordo que é no bar onde conhecemos pessoas e suprimos nossa necessidade de se sentir parte da sociedade ao se socializar e fazer aparecer. Em um mundo cada vez mais virtual e descartável, conhecer alguém num bar faz bem e muito em nossas vidas.

Porém, eu sou uma pessoa extremamente tímida e reservada ao ponto de não conseguir confiar em qualquer pessoa que conheci em algum rolê ou bar. Para mim, trazer esse tipo de pessoa para minha vida é algo que beira o impossível e tenho ciência de que a culpa é mais minha do que da outra pessoa e tenho alguns bons exemplos de pessoas que eram próximas e decidi me afastar por pura e simplesmente não confiar na pessoa.

Um “amigo” que sabia tudo de um relacionamento que tinha, decidiu cantar a minha ex dias depois de eu terminar; um outro de longa data afastou com a justificativa de não ter tempo para sequer conversar porque estava trabalhando bastante; o outro cobra que eu converse mais, mas quando precisei, ou estava pior que eu, ou prefere encher a cara. E caí na real de que tenho muitos amigos de copo, mas poucos com quem possa contar.

E isso se torna pior quando a conduta das pessoas acaba convergindo para o “ou sair de galera ou sair com o namorado (a)”. Sair eu e uma garota a sós virou sinônimo de encontro e elas mesmas acabam botando esse bloqueio às vezes desnecessário. Se saio com um amigo, logo menos aparecem uns três ou quatro que tornam uma conversa algo como um dia de brincadeiras e o que nos resta muitas vezes é se abrir virtualmente: sem emoção, sem a necessidade de dar auxílio imediato (respondo três dias depois por estar sem tempo), com a sensação de que está conversando com uma máquina e com a sensação que sou tão descartável quanto aquela pessoa que você deu X no Tinder.

Você quando alguém te pede ajuda ou um conselho, se comporta como um amigo ou parceiro de copo? E quando você precisa de ajuda, recorre aos amigos ou parceiros de copo? Acho que vale a reflexão.

“How many times is it gonna take
Before someone around you hears what you say
You try being cool
You feel like a lie
You’ve played by the rules
Now it’s their turn to try”

The Offspring – All I Want

Sobre o Universo

Publicado: maio 3, 2016 em Uncategorized

Eu reparei que de uns tempos pra cá, cresceu muito o número de pessoas que se interessam por questões de espiritualidade e energias do cosmo. As pessoas tem se apegado ao universo como instrumento e buscando direcionar em prol da felicidade e da paz interior e isso é muito bom. Até porque ouvi um comentário interessante esta semana: “Nossa geração está desequilibrada” e depois de refletir, eu realmente consegui enxergar este desequilíbrio de alma e de emoções.

Vamos pensar naquela pessoa confusa que não sabe o que quer: troca de faculdade ou tranca constantemente o curso; não consegue fazer carreira na empresa porque volta e meia se sente na necessidade de mudar pura e simplesmente por mudar; pula de relacionamentos por procurar alguém que te faça sentir as tais borboletas no estômago. Ela quase sempre joga no universo e no destino a tarefa de ditar a paz e a pessoa simplesmente muda por achar que “não era para ela” ou “o universo não conspirou a favor”.

O universo só trabalha a favor se nós tivermos plena certeza daquilo que queremos e desejar aquilo o mais específico possível. Desejar ser rico, realizado e feliz é muito abrangente. É preciso desejar pequenas coisas específicas e trabalhar para que estas pequenas coisas mudem nosso interior. Precisamos ser mais maleáveis com as mudanças e querer que elas façam parte de nosso mundo.

Uma pessoa me disse certa vez que bastava ser sincero e desejar muito para que o universo retorne com com aquilo que desejamos. Na época achei muito simplório, mas a realidade é que faz todo sentido. Ter a certeza do que quer e querer isso de fato. Só o fato de não ter certeza do que quer, o universo trará ao nosso mundo algo completamente distorcido e que certamente nos fará mal.

Eu não sou líder espiritual ou coisa do tipo, mas se pudesse dizer algo seria: absorva tudo de bom que receber de peito aberto! Jogue fora velhos hábitos que fazem mal como orgulho, vaidade, reclamar da vida e culpar os outros pelos nossos fracassos. O seu maior inimigo é você mesmo, portanto faça dele o seu maior aliado! Perdoe e peça perdão! E jamais machuque qualquer ser fisicamente ou psicologicamente. Lembra daquela expressão tudo que vai, volta? A palavra dita em momentos de tensão tem um poder destrutivo muito forte para quem diz e para o alvo, portanto se você disse algo que feriu alguém de alguma forma, reconheça o erro e peça perdão sincero. A cada perdão que se pede, a cada perdão que se concede e a cada sentimento bom trocado neste gesto com certeza matará um fantasma em nossa mente e nos deixará mais em paz e menos confusos.

“Aos braços do passado dedico as minhas vitórias
Fiz o melhor que pude, fiz o melhor que pude
De coração aberto sigo o caminho do meio
Amor e atitude, amor e atitude
Fracassos do passado mudaram minha trajetória
Busquei a plenitude, busquei a plenitude
O esforço foi sincero me orgulho da nossa história
Se quiser tá elevado se acostume com a altitude”

Oriente (part. Black Alien) –  Orientai-me

Não venha me pedir paciência!

Publicado: maio 2, 2016 em Uncategorized

Todo mundo já passou por um relacionamento que não deu muito certo e é normal que se tire um período de luto afim de cicatrizar e passar por um período de resignação até o momento em que possa embarcar em um novo relacionamento. O período varia de pessoa para pessoa e depende de como foi o rompimento. Para alguns, uma semana basta enquanto para outros são necessários anos para curar a ferida.

Mas somos criados para não ficarmos na solidão. Até tentamos por algum momento, mas a carência bate e bate forte em nossas vidas. E daí decidimos nos abrir mesmo que não tenhamos certeza disso. Uma declaração de amor, um convite despretensioso feito ou aceitamos aquele convite por puro comodismo. E então decidimos embarcar novamente no jogo do amor, pois gostamos daquela pessoa e mesmo que não tenhamos certeza plena, optamos por sair da defensiva.

E assim vai: flores de um lado, conversas mais profundas do outro, uma boa dose de sedução e provocação até que embriagados pela emoção e pelo doce amor, um dos lados que estava despedaçado semanas antes, tem um surto de sobriedade e pede paciência.

– Eu gosto de você e quero seguir com você, mas te peço paciência, pois saí de um relacionamento complicado que não deu certo. Não estou preparada ainda.

Se não estava preparada porque embarcou? Porque permitiu que chegassem perto? A resposta é sempre a mesma: não sabemos tirar proveito da solidão. E necessitamos estar com alguém para que a sociedade nos aprove. Alguém que não está sempre se relacionando é taxado de pessoa problemática, ruim ou fria. Mas ora, só embarco em uma aventura romântica se tiver plena certeza da minha solidão e que ela foi um laboratório que teve início, meio e fim. Não pulo etapas por conta de uma simples carência ou por uma atração meia boca. Pular etapas só faz mal a uma pessoa: nós mesmos.

Por isso, não me peça paciência! Tenha certeza do que deseja, esteja feliz com a tua solidão e não me procure nos surtos de carência ou quando o coração está vazio. Não sou teste de plenitude de ninguém e muito menos objeto do teu universo confuso e bagunçado.

“We won’t fake it
I’ll never break it
‘Cause I can’t take it”

Guns N’ Roses – Patience

Arrisque-se!

Publicado: abril 28, 2016 em Uncategorized

Eu tinha oito anos de idade quando decidi em conjunto com a minha irmã descer uma ladeira de patins. A ideia era: ela iria descer pedalando na bicicleta e eu segurando na parte de trás com o patins e assim que pegasse velocidade eu soltaria e continuaria descendo. Obviamente essa ideia imbecil não deu certo: quando soltei, comecei a rolar no chão e por pouco não bato a cabeça com tudo na guia e provavelmente não estaria aqui para contar história. Mas somos crianças e sabe como é! Não importa o resultado, arriscamos sem dó.

Mas daí crescemos e começamos a ter responsabilidades: faculdade, trabalho, ter uma carreira e quem sabe constituir um relacionamento sólido. E aí começam os problemas! Por que se amarrar a alguém se estou bem com a minha liberdade? Por que tentar aquela garota linda se eu nem sei se serei correspondido? E se for, como lidar com os traumas e medos dela se eu nem mesmo sei lidar com os meus? E então botamos um monte de interrogações que não nos levam a lugar algum.

Todo ser humano tem seus traumas e medos. Pode ser um relacionamento passado que foi abusivo ou destrutivo, pode ser um trauma familiar de infância na falta da figura de um dos pais ou um bloqueio desenvolvido por motivos desconhecidos. A grande questão é que nos relacionamentos, buscamos mais contras do que prós e acabamos por ficarmos incompletos e infelizes.

Já parou para analisar o número de postagens de garotas que no Facebook sonham com receber flores, receber aquele Whatsapp de madrugada ou um simples Bom Dia pela manhã? E já parou para analisar o número de homens que postam que mulheres são frias, bipolares ou loucas? Pois bem, é a nossa defesa usando o ataque ao gênero oposto. Ninguém quer se aprofundar e se relacionar de forma mais elevada e sólida. Então nos perdemos em pequenos casos para suprir as necessidades sexuais, mas sempre sonhando com o próximo passo que nunca acontece.

O meu conselho é: arrisque-se! dê flores para aquela garota especial e não fique pensando se ela vai achar cafona, fofo ou meloso demais, conceda um voto de confiança ao homem que está demonstrando sentimentos uma vez que este homem certamente não é igual ao anterior, seja sincero com a garota e abra o coração, pois você não será menos macho por isso, crie um vínculo sem achar que irá perder sua liberdade ou individualidade. Às vezes o universo e o destino te colocam aquela pessoa na tua vida que você tanto procurou, mas negou por medo do incerto, do escuro, do que você nem sabe o resultado. Mas saberá se arriscar. E se levar tombo? Se levar tombo, faz como você fazia quando criança: levante, cuide da ferida e vá brincar novamente sabendo que estamos propícios a quedas e tombos, mas sempre sairemos curados e prontos para outra!

“Eu sei que “cê” oscila e também pensa
Será que esse neguinho aí pra mim compensa?
Por mais que me alegre com sua presença
A vida que ele leva me deixa “mó” tensa
Pois eu sei, é complicado, mas pensa com cuidado
Que tenho observado “nóis” bem conectado
É assim sua mão na minha mão
Numa conexão que não tem explicação”

Rael – Ela me Faz

Expectativas

Publicado: setembro 14, 2015 em Uncategorized

Aprendemos durante a vida adulta que criar expectativas sobre as pessoas ou situações é extremamente ruim e considerado uma conduta de pessoas fracas e tristes. Mas não vejo dessa forma.

Hoje mesmo fui ao jogo do Corinthians. Tinha uma expectativa em mente: levantar cedo, ir ao jogo, chegar cedo, assistir ao jogo e ver meu time ganhar bem de um adversário fraco, mas não foi bem o que aconteceu. Levantei atrasado, entrei no estádio com a bola já rolando e com uma ressaca tremenda. No fim meu time jogou pro gasto e mesmo com os três gols anotados, não gostei muito da atuação. Este é um exemplo bobo, mas uma das várias situações nos quais depositamos e criamos expectativas em cima das pessoas ou situações.

O mesmo ocorre quando conhecemos alguém. O que eu acabo esperando quando conheço uma garota? Espero que ela seja uma companhia agradável e quando ela atinge a expectativa me vejo no desejo de querer ou não aquela pessoa no que tange a atração. E daí cria-se as expectativas: a expectativa do primeiro beijo, da primeira noite e depois dependendo do meu desejo, seguir em um relacionamento ou simplesmente ficar no uma noite. Tanto no caso do futebol, quanto no da garota, criamos naturalmente expectativas porque seres humanos tem a característica de idealizar sempre e sempre.

O problema não está no criar expectativas e sim em como lidar com elas. O grande erro é o exagero que fazemos diante de expectativas correspondidas ou não. Quando criamos expectativas e elas são superadas, somos levados a um estado de felicidade e êxtase pleno. Isso é bom, mas é potencialmente perigoso no exagero que nos tira os pés do chão e nos coloca em uma bolha de ilusão. O mesmo acontece no oposto: quando as expectativas não são atingidas, somos tomados pela frustração e o exagero dela nos deixa tristes e impotentes.

A chave portanto, é o controle do exagero. Expectativas todos criamos a todo momento e com as mais variadas situações. É preciso controlar o exagero que esse sim é o fator perigoso na vida de todo ser humano.

“Maktub,

Particípio passado do verbo Kitab.
É a expressão característica do fatalismo muçulmano.
Maktub significa: “estava escrito”; ou melhor, “tinha que acontecer”.
Essa expressiva palavra dita nos momentos de dor ou angustia,
Não é um brado de revolta contra o destino,
Mas sim, a reafirmação do espírito plenamente resignado diante dos desígnios da vida.”

Oriente – Vida longa, mundo pequeno